E as férias de verão 2018 já acabaram por estes lados. Desde 2015 que Itália é o meu destino anual de férias, uma vez que é o país de origem da minha companheira e é a sua oportunidade de rever familiares e amigos. Costumamos fazê-la no outono, mas este ano “calhou” no verão e acabaram por ser duas semanas bem intensas, apesar de ter conseguido também descansar um pouco do ritmo quotidiano e visitar uma cidade que queríamos muito desbravar: Veneza. Os primeiros dias serviram essencialmente para matar saudades da família e (sim!) fazer shopping. Logo à chegada a Itália paramos no Orio Center em frente ao aeroporto e aproveitei para explorar uma loja LEGO, como não podia deixar de ser.
Ao segundo dia, já no shopping Globo, investiguei o que anda a sair em Itália no que diz respeito a literatura fantástica, e apesar de ter concluído com pesar que também ali são os YA e a literatura de cordel que vende, a pouca fantasia adulta que encontrei compensou bastante. Encontrei edições lindíssimas das Crónicas de Gelo e Fogo de George R. R. Martin, edições em capa dura da saga The Witcher de Andrzej Sapkowski, por lá já concluída, livros ilustrados e lindíssimos de Neil Gaiman, H.P. Lovecraft e até o Hyperion de Dan Simmons está publicado por lá. O que ali falta em quantidade, compensa em qualidade.
Mas nem só de shoppings foi feita a minha estadia em Itália. Assisti ao concerto dos Vipers, banda que faz tributo aos Queen, no Gerundium Fest, um festival de música que dura um mês inteiro com um aura bem tirolesa, e visitei várias povoações que fazem margem ao rio Adda, a maior parte das vezes em caminhadas. Houve tempo para pizzas com amigos, pequenos almoços no icónico Melograno em Madone, aproveitei da melhor forma a noite de Bérgamo e a cereja no topo do bolo foi, como não podia deixar de ser, visitar Veneza.
A cidade dos canais não me defraudou as expectativas. Apesar da antiguidade das construções e da manutenção “demasiado” visível, com bastantes trabalhos de obras, Veneza é um lugar incrível, uma cidade que vale sobretudo pela ausência de tráfego automóvel, onde podemos circular a pé à vontade. Os estacionamentos são bem caros, é verdade, mas compensa. Passei por pontes e trajetos estreitos, tirei muitas fotografias e “alojei-me” na Praça de São Marcos. Por ali visitei a Basílica de São Marco e o seu museu, visitei o Palácio dos Doges e atravessei a Ponte dos Suspiros, percorri o Museu Correr e a Biblioteca Marciana. E como não podia deixar de ser, esplanadas e viagens de barco estiveram incluídas no programa. Visitei ainda, nas proximidades, a Ilha de San Giorgio e o seu lindíssimo jardim das Capelas do Vaticano.
Os últimos dias foram mais caseiros. Em Valbrembo visitamos o Parco Faunistico “Le Cornelle”, que não fica nada a dever ao nosso Jardim Zoológico. De morcegos a girafas, de tigres brancos a suricatas, e muitos, muitos flamingos, encontrei até espécies que não sabia que existiam, e fizemos o pequeno trajeto de dez minutos de comboio. O que gostei de ver mais acabou por ser o panda vermelho, que estava escondido nas árvores. Na véspera do regresso a Portugal, ainda fomos a uma sessão de cinema ao ar livre, para ver o recém-estreado The Meg com Jason Statham. E assim terminaram mais duas semanas incríveis em Itália. Fica com algumas fotos.
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