Fala-se de: The Walking Dead T11


Desde que The Walking Dead surgiu nas televisões, tornei-me um dos seus maiores fãs. É curioso que tenha pegado nesta série movido pelo meu crush pela atriz Sarah Wayne Callies, que conhecia das séries Tarzan e Prison Break, sendo que a personagem dela era odiável e acabou por ser das primeiras a morrer. A febre dos zombies tomou conta de mim e peguei nos comics, que li do primeiro ao último número enquanto fui seguindo a série.

Como habitual em quem consome a obra que serve de adaptação, não deixei de ficar defraudado pelas muitas diferenças que foram ocorrendo ao longo da trama. Andrea, Dale, Tyreese, Sophia, Carol e Michonne são as personagens que conhecem maiores diferenças dos comics para a série, no que diz respeito à sua trajetória, mas os momentos e acontecimentos foram sendo muito similares, mudando sobretudo os seus protagonistas.

The Walking Dead foi uma série de banda-desenhada da Image Comics que eu simplesmente adorei, do princípio ao fim. Quanto à série televisiva, não nutri o mesmo amor. As primeiras seis temporadas são muito boas, mas sem o ritmo do comic, com grandes momentos de introspecção que foram desenvolvendo bem as personagens, mas por vezes prejudicando a experiência televisiva. A chegada de Negan era muito esperada por mim, como fã da BD, e apesar da boa prestação de Jeffrey Dean Morgan, desiludiu-me a adaptação desse arco de história.

Continuei a ver a série até que, na nona temporada, Rick Grimes sai de cena. Como fã, foi a machadada final ao meu já parco entusiasmo. Deixei ali The Walking Dead, em banho-maria. Só este ano, de forma a poder ver o final da história, terminei a nona temporada e vi alguns episódios da décima. Não posso dizer que tenha ficado defraudado, mas a morte de personagens importantes como Jesus e a troca de Michonne por Yumiko no arco de história desagradaram-me.

Eis que chega a hora da Commonwealth nesta décima primeira temporada. Veio muito em linha com o que vinha sendo feito anteriormente, desenvolveu muito bem o trabalho de redenção de Negan e culminou num final repleto de simbologias e de homenagens. Os últimos três episódios são muito bons, e o final fez jus àquilo que a série realmente foi, faltando apenas um final mais apoteótico para Negan e um reencontro entre Rick, Michonne e Judith, mas talvez fosse pedir demais.

Nas bandas-desenhadas, Rick é morto na Commonwealth por Sebastian, o filho de Pamela Milton, no último volume, e transforma-se em morto-vivo. É o seu filho Carl, que se manteve vivo na BD, a transportar o seu legado e a tornar-se um líder como o pai o fai, casado com Sophia (a filha de Carol que na série morrera na segunda temporada). As mudanças de personagens foram muitas mas as conclusões semelhantes. Só juntos se pode vencer a morte.

Desenvolvida para a televisão por Frank Darabont, a série é baseada na série de banda-desenhada de Robert Kirkman, Tony Moore e Charlie Adlard. Os produtores executivos da série são Kirkman, David Alpert, Scott M. Gimple, Angela Kang, Greg Nicotero, Joseph Incaprera, Denise Huth e Gale Anne Hurd, com Kang como showrunner pela terceira vez.

A temporada final, intitulada “The Final Season Trilogy”, estreou em agosto de 2021 e inclui 24 episódios divididos em três blocos de exibição de oito episódios, devido ao hiato provocado pela pandemia de Covid-19. A série conheceu o seu último episódio em novembro de 2022 com o episódio “Rest In Peace”, mas existirão vários spin-offs com alguns dos protagonistas.

Avaliação: 8/10

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